

Aquele abraço
Como vai você, velho companheiro?
Eu ia passando “em frente” e resolvi entrar! Não foi fácil!
Tudo...! Quase tudo estava fechado, vazio, degradado! Tudo meio destruído!
Então eu me perguntei:
-Que é feito da nossa antiga casa de ensino?
-Aonde andará a meninada alegre e conversadora que agitava
e dava vida ao seu ambiente? E os funcionários que tanto ajudavam...,
e os pais...?
Por onde andarão seus antigos professores? Pessoas comuns,
mas dedicadas e compromissadas com o ensino, com a educação.
Éramos iguais à maioria dos educadores de hoje! Parece que a única diferença é que tínhamos uma estrutura administrativa de apoio, eficiente e compromissada, e uma proposta pedagógica consistente, inovadora! Havia compromisso, participação. Éramos protagonistas; aprendizes e implementadores de uma nova proposta educacional.
O Vocacional não era de uma elite de professores e alunos, era de todos nós , de toda a comunidade.
Hoje, velho companheiro, com tristeza, verifico que você está bem judiado, abandonado!
Parece que muita gente não se contentou apenas, com a destruição
da experiência educacional bem sucedida, realizada por gente
de perto e de longe. Assim, iniciaram um processo de destruição, de degradação da casa, do prédio... de você!
“ e não ficará pedra sobre pedra”
Atualmente, na área da educação, a administração pública tenta colocar remendo novo em roupa velha. E tudo vai ficando pior, com cara de espantalho, de boneca de trapo!
E agora José? Que fazer?
Entendemos que ainda resta uma esperança, velho companheiro. Você, hoje, acolhe em parte de suas instalações, jovens professores e alunos esperançosos.
Gente igual à de “antigamente”.
É preciso contar para eles a nossa história, e dizer que sim; foi possível estruturar uma escola prazerosa e eficiente. É possível transformar, hoje, todas as escolas em excelentes casas de formação da nossa juventude.
É preciso acreditar que a nova geração de professores e de jovens estudantes, está interessada em avançar e criar novas estratégias de relacionamento com o ensino e com o conhecimento.
É possível ajudar a resgatar a memória do Vocacional.
Mas resgatar a memória, não com a intenção romântica de “desfolhar o
passado”, quando o mundo era bom e a felicidade, até existia!
Resgatar a memória deve significar, aprofundar estudos sobre a experiência realizada e que possam auxiliar o encaminhamento de soluções adequadas e pertinentes, para auxiliar a escola de hoje.
Por tudo isso, e, para começar venham todos, no dia 12 de dezembro às 10h30, abraçar a nossa casa!