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Minha Escola

Minha escola era uma escola aquietada, mas, todos dizem, era uma boa escola. Havia pouca participação dos alunos em atividade, outra, que não as próprias aulas. Mas a vida era mais calma, e o mundo parecia girar mais lentamente. Os professores eram muito respeitados.

Tinha um professor que entrava na sala de aula, conferia se todos os alunos estavam em pé, em sinal de respeito – diziam - e faziam a chamada . Depois, colocavam na lousa a lição - o ponto - e nós copiávamos no caderno, às vezes durante toda a aula. Tinha também aqueles que ditavam a lição. Era mais demorado o processo. Todas as possíveis perguntas que eles faziam na sabatina no fim do mês, tinham as respostas na lição do caderno. Era só estudar, ou decorar as respostas para ter uma boa nota.

O dia de chamada oral era o terror dos “menos estudiosos”!

Mas havia os considerados mais inteligentes que iam bem na chamada oral. Não sei até hoje como conseguiam?

Na época nós não sabíamos que a inteligência é que nos permite enfrentar e afrontar as dificuldades do ambiente e reorganizar o pensamento e a ação. Não sabíamos que os conteúdos, as técnicas e os procedimentos devem estar a serviço da inteligência.

Copiar o ponto e responder as perguntas cujas respostas estavam na lição e que deveriam ser decoradas por estarem certas, era o procedimento normal.

Mas era uma aprendizagem mecânica que ignorava os conhecimentos e conceitos relevantes existentes na estrutura cognitiva dos alunos.

Assim, durante muito tempo, eu pensei que o Brasil estava coberto e que um tal de Cabral foi quem o descobriu. Coberto do que?

Mas tinha também professores que se esforçavam para ensinar; que dialogavam e procuravam motivar uma aprendizagem significativa quando as suas informações se relacionavam com conhecimentos e aspectos relevantes já existentes na estrutura de conhecimento dos alunos.

Assim entendemos que, educar pela inteligência é um processo permanente de buscar novas soluções e de criar novas situações que exijam a exploração máxima das possibilidades cognitivas dos alunos.

Construir conhecimentos significa reorganizar estruturas mentais e de comportamento e essa construção é fruto da atividade do aluno. É bom que perguntemos às vezes:

 

-Por que é que José aprende?

 

-Por que é que Pedro não aprende?

 

Devemos considerar que o indivíduo só age quando experimenta uma necessidade, então se dá um desequilíbrio momentâneo entre o meio e o sujeito que busca restabelecer o equilíbrio elaborando novas situações de resposta.

Ensinar é um esforço para auxiliar e orientar a aprendizagem e o desenvolvimento humano.

CONTE SUA ESTÓRIA

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