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Andarilho

Andarilho que sou

sigo sem rumo,

sem mapa,

sem destino.

Não apresso o passo pra chegar...

nem mesmo sei pra onde ir.

Na encruzilhada,

sem culpa,

receio,

ou esperança,

sigo qualquer direção.

Pode ser caminho novo;

de busca,

esperança,

de culpa,

ou de consolo, talvez.

Sei lá! Quem sabe?

Não quero encontrar você,

não cultivo sonhos.

Mas... onde está você agora?

Qual trilha está seguindo?

Vejo um vulto ao longe!

Você?

É você!

Sempre distante...

 

Você ouve o meu lamento

E pensa que é de saudade

Do tempo que nós vivemos

Cheios de felicidade

 

 

 

Você ouve o meu lamento

E não pode compreender

Que esta dor cá do meu peito

É de muito te querer

 

Mas o tempo, o tempo... o tempo passou!

A solidão veio chegando de mansinho;

acampou e fez morada

na varanda da memória,

do sentimento,

do desejo.

 

Muito tempo já fazia

Que você tinha partido

Nem percebi sua falta

Se é que falta sentia

 

Era jornada segura

Meu caminhar um passeio

Mas encontrar o seu olhar

E me perco em devaneio

 

Não são caminhos floridos

Os que agora estou trilhando

Mas você nem se apercebe

O quanto estou te amando

 

Mas a vida é um percurso

Um eterno caminhar

Que busca a felicidade

Sem nunca, nunca encontrar.

 

E assim, andarilho que sou,

continuo caminhando...caminhando

CONTE SUA ESTÓRIA

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