José Raphael da Silva Rocha

Goleiro tem que ter joelheira. No rapadão, campo de terra, é difícil defender uma bola rasteira sem bater os joelhos no chão. Sem joelheira não da!

Goleiro também tem que ter chuteiras. Ganhei uma. Acho que ficou um pouco folgada no pé, mas com as meias grossas de futebol dá para acomodar.

Saí bem cedo de casa para o jogo. Era gostoso ouvir o ruído que os cravos das chuteiras faziam no asfalto: troc, troc,troc!

Cheguei. A turma já estava reunida me esperando. O treinador me deu a camisa azul de goleiro.

O Jogo já vai começar. O arbitro apitou e a bola rolou.

Logo. Um jogador adversário invadiu a área e chutou forte e alto no gol.

Consegui saltar e espalmar a bola pela linha de fundo. Foi uma boa defesa, todos aplaudiram.

O jogo prosseguiu muito equilibrado.

No intervalo o treinador mandou a defesa adiantar um pouco e ter cuidado com o contra ataque.

Deu certo; - o Dinho recebeu a bola, driblou um adversário e colocou a bola no ângulo do goleiro. Foi um belo gol.

Mas não demorou muito e a equipe adversária marcou um gol de bola parada, cobrando uma falta.

Fiz uma bela defesa de bola rasteira no canto do gol. Ainda bem que a joelheira me protegeu os joelhos.

O jogo terminou empatado e fomos, todos nós, comer um lanche e tomar guaraná que tinham trazido. Os jogadores da outra equipe foram muito legais e pudemos fazer novas amizades.

Não resta duvida, foi um bom jogo.