

O Caminho
do Vento
O CAMINHO DO VENTO
Livre como a pipa de linha partida.
De nada adiantou. Você acertou o meu cabresto, colocou mais argolas na minha rabiola, um pedaço de papel dobrado no meu lado esquerdo... me equilibrou. Você acha que não vou mais dar cabeçadas! Vou voar tranquilo!
Aí então você queria que eu subisse mais. Deu mais linha e eu obedeci , subi... subi.
Mas o vento é mais forte aqui em cima, a linha não resistiu, arrebentou. É o risco de subir muito alto!
Mas agora estou livre das mãos que me seguram. Posso seguir o caminho do vento que sopra em qualquer direção. Não sei bem para onde vou, mas estou livre. Posso escolher o rumo.
Você devia saber que quando aprendemos demais, exigimos demais, dirigimos demais e não damos opção para a escolha a ‘’linha” pode se partir. Assim acontece com a criança educada mas presa nas linhas da disciplina exagerada, da preocupação de se fazer um adulto vencedor.
Como a pipa, é preciso soltar a linha aos poucos, de acordo com o vento. Quando aprendemos demais, controlamos demais, “educamos demais” podemos, como a pipa, fazer subir, mas com o risco da linha arrebentar. De que vale todo o tempo preso na linha que cerceia a liberdade comparado com o momento mágico da linha partida.